No dia em que o Brasil ultrapassou a marca de 40 mil mortes por Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a colocar em dúvida dados relacionados à doença e pediu que pessoas entrem em hospitais de campanha e filmem se os leitos estão ocupados.
Desde o início da pandemia, o presidente tem acumulado frases polêmicas. Nesta quinta-feira (11), durante live semanal, Bolsonaro mostrou-se preocupado com os gastos públicos nos hospitais de campanha. Destes hospitais, apenas um, em Goiás, foi construído pelo Governo Federal.
“Tem hospitais de campanha perto de você, tem um hospital público, né? Arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente vem fazendo isso, mas mais gente tem que fazer para mostrar se os leitos estão ocupados, ou não. Se os gastos são compatíveis, ou não”, afirmou o presidente. Apenas funcionários autorizados podem entrar nestes locais, devido ao grande risco de contaminação.
Bolsonaro recomenda q apoiadores invadam hospitais públicos pra fiscalizar se há leitos vagos. Hospital público é bem de uso especial, a lei proíbe livre acesso. Ou seja, + um ato contrário à lei, mais um crime de responsabilidade, passível de impeachment. pic.twitter.com/oKtPZARfOU
— Flavio Müller (@flaviomuller) June 12, 2020
Bolsonaro disse também que todas as denúncias que chegam a ele via redes sociais são filtradas e encaminhadas para a Polícia Federal ou Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Segundo Bolsonaro, dezenas de denúncias chegam todos os dias. O presidente afirmou ainda que não tem como evitar os óbitos e que pacientes com comorbidades são os mais afetados.
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O Brasil marca 40.919 mortes em decorrência da Covid-19. O país deve ultrapassar o Reino Unido, na segunda posição, que registrou 41.364 mortes até o momento. Os Estados Unidos aparecem na primeira posição, com 113.820 óbitos, de acordo com dados da John Hopkins.